“Senhor meu Deus, a ti clamei por socorro, e tu me curaste.” (Salmo 30:2).
Quando Jesus enviou Seus discípulos ao mundo para pregar as Boas Novas de Cristo, Ele também lhes deu o poder de curar os doentes e expulsar demônios. Como adventistas do sétimo dia, levamos a sério a mensagem de saúde. Incentivamos os membros a praticar uma vida saudável para evitar doenças e oferecemos hospitais e clínicas para tratar pessoas (tanto membros da Igreja quanto o público em geral) que adoecem.
Entretanto, embora incentivemos o uso de remédios naturais sempre que possível, também enfatizamos a importância do tratamento baseado em evidências. As Leis Trabalhistas da Associação Geral orienta as instituições de saúde denominacionais a “promover somente as práticas baseadas na Bíblia ou no Espírito de Profecia, ou métodos baseados em evidências de prevenção de doenças, tratamento e manutenção da saúde. ‘Baseado em evidências’ significa que há um corpo aceito de evidências estatisticamente significativas, revisadas por pares, que elevam a probabilidade de eficácia a um nível cientificamente convincente” (General Conference Working Policy 2023-2024, p. 387).
Infelizmente, há muitos que afirmam “curar” doenças de uma maneira que não é apoiada nem por princípios bíblicos nem por evidências científicas. Ellen White escreveu “Os apóstolos de quase todas as formas de espiritismo pretendem possuir poder de curar a doença. Atribuem seu poder à eletricidade, ao magnetismo, aos remédios chamados “de simpatia”, ou a forças latentes que há na mente do homem. E não poucos, mesmo nesta era cristã, vão a esses curandeiros, em vez de confiar no poder do Deus vivo e na competência de habilitados médicos cristãos. Ev 606.2
A Pesquisa Global de Membros da Igreja perguntou aos membros se era aceitável que os cristãos recorressem a feiticeiros ou curandeiros espirituais para obter cura ou proteção contra doenças. Em 2023, 70% dos membros discordaram totalmente, 9,7% discordaram, 4,3% não tinham certeza, 7,1% concordaram e 8,8% concordaram totalmente com a declaração.
Em 2018, 70,1% discordaram totalmente, 11,6% discordaram, 5% não tinham certeza, 6,1% concordaram e 7,2% concordaram totalmente. Os números entre 2018 e 2023 são semelhantes, mas houve uma ligeira mudança no sentido de não concordar com a declaração.
Quando separados por Divisão, descobrimos que, em 2023, as áreas que mais acreditam que os cristãos podem recorrer a feiticeiros e curandeiros espirituais são a Divisão Sul Asiática, onde 32,6% dos membros concordaram ou concordaram totalmente; a Divisão do Pacífico Sul, onde 30,8% dos membros concordaram ou concordaram totalmente; e a Divisão Sul Asiática do Pacífico, onde 29,8% dos membros concordaram ou concordaram totalmente.
Em 2018, na Divisão Sul- Asiática 31% dos membros concordaram ou concordaram totalmente que os cristãos podem recorrer a feiticeiros e curandeiros espirituais; na Divisão Sul Asiática do Pacífico, 24,8% dos membros concordaram ou concordaram totalmente; e 15,6% dos membros concordaram ou concordaram totalmente tanto na Divisão Africana Centro-Ocidental quanto na Divisão Africana Centro-Oriental.
A Pesquisa Global de Membros da Igreja também perguntou aos membros se a oração em nome de Jesus é a única maneira de derrotar poderes malignos e espíritos demoníacos. Mais uma vez, os números permanecem consistentes entre as duas pesquisas, com uma ligeira mudança no sentido de discordar da declaração.
Em 2023, 66,4% concordaram totalmente, 25,2% concordaram, 4,3% não tinham certeza, 1,9% discordaram e 2,2% discordaram totalmente. Em 2018, 66,8% concordaram totalmente, 23,1% concordaram, 5,6% não tinham certeza, 2,0 discordaram e 2,5% discordaram totalmente.
Quando separados por Divisão, descobrimos que, em 2023, as áreas em que a maioria dos membros discordava que a única maneira de derrotar os poderes malignos e os espíritos demoníacos era por meio da oração em nome de Jesus foram a Divisão Transeuropeia, em que 10,7% dos membros discordavam ou discordavam totalmente da declaração; a Missão da União Chinesa, em que 7,2% discordavam ou discordavam totalmente; e a Divisão Sul-Asiática do Pacífico, em que 6,2% discordavam ou discordavam totalmente.
Em 2018, duas das três divisões com maior discordância eram diferentes: na Divisão Sul- Asiática do Pacífico, 5,9% dos membros discordaram ou discordaram totalmente da declaração; na Divisão Africana Centro-Ocidental, 5,3% discordaram ou discordaram totalmente; e na Divisão Sul Africana e do Oceano, 4,7% dos membros discordaram ou discordaram totalmente.
A maioria dos membros da Igreja em todo o mundo concorda com os ensinamentos da Igreja contra a consulta de feiticeiros e curandeiros espirituais. Eles acreditam no poder do nome de Cristo para derrotar os poderes do mal. No entanto, ainda há uma pequena porcentagem de membros, em diferentes culturas espalhadas pelo mundo, que não aceitaram totalmente as boas novas de que a verdadeira libertação dos espíritos malignos só pode ser encontrada por meio do amor e do poder de Jesus Cristo, e há uma porcentagem significativamente maior que não sabe ao certo como os princípios bíblicos pode ajudar a proteger contra doenças e, quando seguidos por pessoal médico cientificamente treinado, pode nos ajudar a nos recuperarmos de doenças.
“Reunindo os Doze, Jesus deu-lhes poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças,e os enviou a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos” (Lucas 9:1-2). Esse deve ser sempre nosso princípio bíblico orientador.
Você pode acessar o relatório completo aqui.
Criado em colaboração com o Instituto de Ministério da Igreja
Publicado pela ASTR em 05/11/2024.